terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Feliz Natal!!!






UM SANTO NATAL PARA TODOS!!!!
Obrigada pelo carinho.... Beijos!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Andava bom de mais para ser verdade.:(

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Fim de semana...

Ai meu Deus, este fim de semana foi demais e o mais interessante é que só terminou há pouco. Imaginem vocês que euzinha apanhei uma bebedeira de caixão à cova, daquelas que só nos lembramos parte da noite, vomitamos e ainda temos direito a condutor privado para casa. Pensei que não ia sobreviver ao dia de ontem, pois para além de me deitar às 7h da matina tive que ir trabalhar às 15horas com uma ressaca que não se aguentava. Nesse dia fui trabalhar com uma dor de cabeça horrivel e para mal dos meus pecados ainda houve karaoke, ou seja, servi cervejas com capsula, cafe sem pires....  Eu até digo que não me lembro de ter uma bebedeira tão grande assim , ou melhor, nem bebedeira nem ressaca, é que nunca me doeu a cabeça com a ressaca. Quando bebo demais fico com muita sede mas de resto nada. Desta vez.... Deus me livre.
Conclusão, sai com os meus amigos de trabalho para um bar e acabei por misturar cerveja com vodka red bull, grande erro, só me lembro de beber 8 finos e 2 vodkas , mas segundo o que me contaram acho que foram 4:). Dancei a noite toda, e na hora de vir embora os meus amigos levaram me a casa. Fiquei tão mal disposta que vomitei quase todo o caminho.
enfim!!
Lição a aprender: Nunca mais beber vodka de morango com red bull e misturar com cerveja, para além de nos deixar muito bebados dá-nos uma dor de cabeça descomunal.:) Vou ser gozada para o resto da minha vida :(

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Fernando Pessoa

TABACARIA

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.


Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.


Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.


Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?


Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido. (...)

Álvaro de Campos, 15-1-1928

Apenas porque adoro Fernando Pessoa e porque me apeteceu partilhá-lo.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Hoje

Não consigo explicar como foi o dia de hoje. Por um lado foi bom, nostálgico até, e por outro foi mau porque recebi uma notícia que gostaria de ver muito mais tarde ou então esquecida. Hoje recebi uma carta do tribunal para ir testemunhar contra o meu ex-namorado. Este julgamento vai acontecer porque ele me roubou o portátil e como o meu pai descobriu apresentou queixa contra ele. E adivinhei quem o meu pai pôs como principal testemunha de acusação? A mim, claro! Acreditem que vai ser das coisas mais dificéis que vou ter de fazer. Vou ter de encara-lo, acusá-lo de uma coisa que ele fez por desespero, pois quando vendeu o computador estava a ressacar sem droga e sem dinheiro, e principalmente porque vou reviver coisas de um passado que eu procuro arrancar de mim. Eu sei que o meu pai fez o que achou correcto, pois antes de fazer a queixa deu-lhe a oportunidade de pagar o portátil, oportunidade essa que ele ignorou, mas mesmo assim vai e já está a custar-me muito de testemunhar. Paciência, eu estou a colher aquilo que plantei!
Mas aquilo que fez o meu dia melhor foi ir às compras com o C., ele para a namorada e eu para o meu, fomos ao shooping da minha cidade académica e deu-me uma saudade tão grande das coisas boas que lá passei e uma mágoa tão grande daquilo que lá perdi também... Enfim valeu os velhos amigos que encontrei e ver que não fui esquecida. Foram eles que me fizeram sentir mais saudade, pois fizeram-me relembrar esses tais bons momentos!

sábado, 5 de dezembro de 2009

....

Há alturas na minha vida que só me apetecia não ter nascido. Ou então ter nascido a pessoa mais má e indiferente a tudo o que possa existir. Gostava de não me magoar tão facilmente, de ser forte, de não ter medo de ficar sozinha, de sofrer. Gostava de ser fria, não me preocupar com nada e principalmente não me preocupar se magoo ou não alguém.
Porque é que eu sou assim, tão burra, tão dada, tão sensivel? Porque é que eu me apaixono pelas pessoas erradas, que me fazem sofrer mais do que eu consiga explicar. Eu muitas vezes chego a pensar que tenho dedo para escolher as pessoas que amo. Eu sei que o coração não escolhe as pessoas de quem gosta, mas será que eu não posso ser feliz? Era só o que eu queria, alguém que me amasse, me desse valor, que eu sentisse que realmente me queria... mas não eu tinha de encontrar alguém que tem uma personalidade que eu nunca vi. Eu sei que ele me ama, sei que gosta de estar comigo  mas neste momento isso para mim não chega. Quero mais. Eu não quero apenas saber, quero sentir. E neste momento eu não sinto nada de nada, apenas um aperto no peito e uma vontade de gritar como se não houvesse amanhã. Apetece-me chorar, chorar, chorar até conseguir aliviar o meu peito e conseguir lavar a minha alma. Não sei se alguém me rogou uma praga ou outra coisa qualquer, na minha opinião já não está escrito no meu destino que eu vou ser uma pessoa feliz. Há quem tenha uma estrela da sorte, eu tenho uma estrela do azar. E a única coisa de que me orgulho foi ter saído das drogas. De resto a minha vida é só desilusões, as que causei e as que ainda sinto.
Antes de ter conhecido o meu actual namorado, como já disse, namorei durante 5 anos com um homem que me maltratou desde o primeiro dia até ao último. Maus tratos fisicos só aconteceu uma vez que ele me agarrou pelo pescoço e eu voei para um sofá, mas assim que viu a minha cara de pânico largou-me e começou a chorar. Agora os maus tratos psicológicos eram uma constante, ou porque a vida não lhe corria bem, ou porque bebia demais e depois descarregava em mim, ou porque tinha ciúmes e desconfiava de mim, enfim ele tratava-me pior do que a um animal. E o que foi que eu fiz? Continuei sempre ao lado dele, desculpando o que não tinha desculpa, rebaixando-me, humilhando-me sempre que havia uma discussão e ele me insultava com os piores insultos. Ele não fazia isso apenas quando estavamos sozinhos, muitas vezes em frente a outras pessoas que me diziam que ele não prestava e não me merecia, ficavam chocadas com a maneira que ele me tratava. E eu arranjava sempre desculpas, primeiro foi a desculpa da desilusão que ele tinha tido com as mulheres, que não conseguia confiar em mulheres e a segunda desculpa foi a droga, eu dizia sempre que não era ele a falar mas sim a droga. Eu sempre tive esperança que ele mudasse, mas ele não ia mudar nunca. E quando finalmente ganho coragem e acabo com a nossa relação  porque finalmente pensava que tinha encontrado alguém que me ia fazer feliz é isto.... desilusões atrás de desilusões.
Não sei de nada, nem quero saber, neste momento quero apenas não pensar, não sentir e já que nasci, vou viver a minha vida esperando que consiga ter alguns momentos, mesmo que éfemeros, de felicidade.