terça-feira, 26 de maio de 2009

O melhor do mundo #2


Estava eu no meu quarto a falar com a minha mãe, quando ouvimos o meu sobrinho a rir-se e a dizer:- "Faz cocégas!!" e dava uma gargalhada.
Conclusão, quando ofomos ver o que era estava ele a passar uma escova, daquelas com pêlo macio, na mão e a rir-se.... Como não havia de lhe fazer cocegas...:)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

E um ano passou....

"A principio é simples, anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho (...)

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo

dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo

diz-se do passado, que está moribundo(...)

E é então que amigos nos oferecem leito

entra-se cansado e sai-se refeito

luta-se por tudo o que se leva a peito

bebe-se o alento num copo sem fundo(...)

Enfim duma escolha faz-se um desafio

enfrenta-se a vida de fio a pavio

navega-se sem mar, sem vela ou navio

bebe-se a coragem até dum copo vazio

e vem-nos à memória uma frase batida

hoje é o primeiro dia do resto da tua vida..."


Resolvi tirar este excerto da música "O primeiro dia" do Sérgio Godinho, porque hoje faz um ano desde o primeiro dia do resto da minha vida, desde o meu renascimento, desde a segunda oportunidade que a vida me deu, porque, depois de dois anos vazios, e perdidos algures no tempo,eu vi o quanto a vida é bela e o quando posso aproveitar....o quanto eu posso ser feliz.

Hoje invadiu-me uma sensação tão estranha quando me lembrei do dia que era e juntamente com esse sentimento, um orgulho imenso em mim mesma, um orgulho que eu jamais senti por mim, aquele que vem de dentro, que nos faz sentir fortes e capazes de vencer qualquer batalha.

Hoje faz um ano que estou limpa, que não toco em drogas e isso para mim é uma vitória, mas também sei que isto ainda não é o fim da guerra, que terei que lutar ainda bastante e ter muita força de vontade para conseguir ser heroína nesta história mas a primeira batalha já foi ganha por mim e isso faz com que eu tenha este orgulho em mim.

Hoje sou uma Mulher, uma mulher que trabalha, que tem uma nova vida, que é feliz, que se tornou numa pessoa melhor, que aprendeu a dar valor às coisas que realmente importam, pois o resto é paisagem, e que acima de tudo luta para não recair num vazio de novo. Que está aos poucos está a recuperar a confiança e o orgulho daqueles que tanto amo e me amam... mas principalmente o orgulho em ser voltar a ser EU!!!
~
Nota:
Desculpem os erros mas escrevi ontem quando sai do trabalho e já estava meia a dormir, tanto que mal acabei de publicar o blog adormeci, literalmente em cima do pc. Obrigada a todos e um beijo do tamanho do mundo!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Memórias de uma ex-toxicodependente #3

Entretanto eu e o meu ex-namorado começamos a comprar heroína esporadicamente, e por vezes o pessoal alinhava também, mas geralmente fumavámos no nosso quarto sozinhos. Isto durou algum tempo, até que a minha companheira de casa, avisa-me em cima da hora que vai mudar de casa e deixa-me sem saber o que fazer e nem para onde ir pois não dava para pagar só os dois aquele apartamento. Nessa altura, tinha havido uma pausa nas aulas para as férias de verão, parei de fumar nesse espaço de tempo, para recomeçar na casa nova e no novo ano lectivo.
Casa nova, vida nova. Assim se pensa e assim foi. Mudamos para uma casa maior e mais para o centro da cidade. O nosso amigo D. continuava a frequentar a nossa casa, assim como tantos outros e a droga, começou a entrar novamente aos poucos em minha casa e principalmente na minha vida. Conhecemos novas pessoas, que consumiam drogas duras e que a vendiam, e passamos de consumo esporádico a consumo quase diário, pois eu quando vinha ao fim de semana a casa não trazia nada comigo e nem consumia. Começamos a levar o N. e a L. ao "Homem", aquele que lhes vendia, e em troca davam-nos uns "canecos" de coca, uns riscos na prata de "heroa" e também uns pacotezitos, para além de meterem gasolina também. Com estes "esquemas" o consumo começou a aumentar e consequentemente começou a aumentar a dose também.
No início ainda deu para aguentar, a renda da casa, a comida e o novo vício que tinhamos, mas depois começou tudo a correr mal, quando começamos a levar toxicodependentes para nossa casa. Em minha casa entrou de tudo, os que fumavam apenas charros até àqueles que picavam, que injectavam heroína. Certo dia através do casal que nos vendia conhecemos o M., um filhinho de famílias ricas que levou juntamente com os outros dois irmãos a família à falência. Mas o que se seguiu foi que ele discutiu com a mãe e pediu a ver se o deiavamos morar lá, eu coração mole que sou e com pena dele aceitei mas com uma condição, não queria tráfico em minha casa, na realidade não havia pois ele apenas fazia os pacotes lá, mas passado um certo tempo sem ele pagar renda nem contas de espécie alguma, com a ameaça de a mãe descobrir e chamar a polícia a nossa casa, já estava farta de o ter lá em casa mas o que me levou a pô-lo fora de minha casa foram as seringas usadas que ele tinha nas gavetas da mesa de cabeceira cheias de sangue, aí já não era só a falta de paciência para com o feitio dele mas também o facto de a minha saúde estar em risco. Arranjei uma desculpa para ele sair de casa e foi um dos maiores alívios que tive, mas a minha vida nessa altura já há muito que estava a cair a ritmo vertiginoso e eu sem nada perceber. Enquanto o M. esteve lá fiz várias viagens com ele, mas desta vez para mais longe. Um dia , ou melhor uma noite, ele chegou a nossa casa a perguntar se em troca de material não o levavámos ao Porto, perguntei-lhe se era seguro e calmo, ele afirmou que sim. Algo em mim me dizia para não ir, mas o meu ex. disse que sim, não haveria problema e então lá fomos nós em direcção ao Porto, mais ou menos 100km da cidade de onde eu estava. Quando chegamos, ele mandou-me encostar, trancar as portas, deixar o carro em posição de arranque e passou-me uma navalha para as mãos, eu fiquei completamente em pânico. Entretanto ele e o meu ex saíram e eu fiquei ali sozinha, no bairro do Cerco, rodeada de traficantes, delinquentes e toxicodepentes, enquanto eles foram ao apartamento de uma cigana comprar o material. A partir desse dia não voltei a mais lado nenhum com ele. Não aconteceu nada mas poderia acabar de outra maneira.


  • continu@

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Tony Rural

Ao navegar um pouco pela net acabei por ir parar ao site da amarante tv, a cidade sempre foi uma das minhas preferidas e resolvi espreitar para ver as novidades e acabei por encontrar uma entrevista hilariante. O seu nome é Tony Rural e acho que quem vê não fica indiferente. Pareceu-me que ainda é uma pessoa que é conhecida apenas no seu meio mas daqui a pouco tornar-se-a uma "star". Se quiserem cliquem aqui e vejam uma estrela em ascensão, é o quarto video.Por acaso encontrei estas duas actuações, foi de rir até não poder mais. Demais!!! Se quiserem ter umm momento de boa disposição tal como a entrevista cliquem aqui.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Será que é minha a culpa?

Hoje fui até à minha cidade académica com o meu amigo C., o objectivo era ir comer qualquer coisa ao shoping e acabamos por andar às compras. Fomos no carro dele e quando chegamos à cidade dei de caras com o meu ex- namorado. Senti uma sensação tão estranha quando o vi, mexeu bastante comigo, pois eu sabia que o poderia encontrar, nunca pensei que o encontrasse mesmo. Mexeu principalmente porque ele estava com muito mau aspecto, barba e cabelo super grandes e um aspecto que não me agradou nada. E eu a pensar que ele estava bem. Mas o que é certo é que me invadiu uma culpa tão grande por ele estar no estado em que está pois talvez se não o tivesse deixado ele poderia ter-se recuperado e foi abaixo por me perder.

O meu amigo C. diz que eu sou maluca pois, segundo ele eu poderia andar ao lado dele com aspecto igual ou pior, a fazer sabesse lá o quê e que ele teve escolha e optou por seguir o caminho

errado.

Só que a culpa permanece aqui, eu nunca lhe desejei mal e sempre quis a felicidade dele, nunca pensei que doesse tanto saber o quanto ele está mal. E não acho que ira passar tão depressa este sentimento. Como fui capaz de destruir a vida de alguém meu Deus!

Para pensar um pouco...#1

Provoca dor, muita dor, mas é a mesma dor que permite expandir a consciência da verdadeira gratidão, do serviço como missão do ser humano.Vejam e partilhem se assim entenderem, sem automatismo (como fazemos algumas vezes) mas com o sentimento de verdadeira partilha.Alanis Morissette