sábado, 19 de fevereiro de 2011

Mais uma vez...

Tou numa fase da minha vida que me está a pôr à prova,cada vez mais sinto necessidade de consumir para esquecer...mas ao mesmo tempo lembro-me de todo o sofrimento que iria causar a todas as pessoas que me amam que que estão ao meu redor, que me admiram e que me consideram uma "guerreira", apostando em mim como uma vencedora. Tenho medo, medo  de sucumbir a esta vontade imensa de voltar a ter aquela sensação de não pensar, não sentir, não me preocupar com nada nem ninguém. Não queria voltar a ficar "agarrada", fumar todos os dias....simplesmente ter momentos de paz...sossego na minha cabeça.
Apesar de não parecer sou daquele tipo de pessoas que não pede ajuda, que não admite nem dá o braço a torcer. Eu penso que se me meti nos problemas sozinha também sairei deles sem a ajuda de ninguém mas desta vez reconheço-o, tou a precisar de ajuda, de desabafar, de aliviar está angústia, este nó que me aperta e me afixia. Eu já não sou eu, já não tenho a  alegria nem a confiança que tinha. Tou a magoar-me e o pior de tudo a magoar as pessoas que me rodeiam. Em particular a  pessoa a quem eu desejo tudo de bom, a maior felicidade do mundo. E ao magoá-lo, magoou-me mais a mim porque me dói saber que o estou a fazer sofrer, como posso chegar a este ponto....magoar alguém que amo, querer controlá-lo como o meu ex-namorado fez comigo. Tou a tornar-me na pessoa que pior me fez sentir. Tenho que mudar, tenho que deixar livre aquilo que mais quero, que mais anseio apesar de saber que não me quer e que não tem amor para me dar. Vou guardar a amizade, o carinho, a companhia e tentar esquecer o amor, a paixão, o desejo, porque lutar por uma coisa que sei que não será minha mata-me por dentro, acaba comigo aos poucos e por melhor que a companhia dele me faça sentir não tenho mais forças nem condições de o amar mais, de lutar numa guerra da qual sei que vou sair derrotada. Mais uma vez, vou ter de lutar para esquecer, lutar contra a minha vontade. Sofrer mas saber que é para o meu bem. Pensar que eu também tenho o direito a ser feliz.